De atrás do pano só se ouve,
Que ver é impossível.
O silêncio é atroz
Para se entender,
O palco que não escreve,
O palco que só tem voz.

Se ao menos escrevesse,
Talvez eu soubesse,
O que o alegra
E o que o entristece.

Por minhas eu já ouço;
E tenho as orelhas nuas;
Por minhas eu já leio.
Não tenhas receio,
Que não goste de ti,
Por palavras tuas!


Vá pano, sobe!

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