Haverá vergonha como a tua?
Há sim,
A da Lua,
Que anda sempre nua.

Só de noite, sorrateira,
Que os outros se não vêem,
E não lhe tiram os olhares.
Olhares que olham atentos,
E de gotinhas fazem mares.
Dos melhores piores,
E dos piores, melhores.
E por momentos, 
Quando parecem desatentos,
Parte-se o sorriso,
E as pequeninas regam-te a cara.
Lágrimas.
Que é a chuva se não lágrimas?
Seja de noite ou de dia,
Que o Sol também chora.

Há sóis e há Luas,
Das deles brotam flores.
E tu,
Que fazes das tuas?

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