Que enjoo nauseabundo,
O do criador
Ser a pior das criaturas...
Diz-me que valor é esse,
Da dor a rebentar pelas costuras.

Porquê a solidão?
Porquê instintos de sofrimento?
Eu culpo-te a ti,
Porque não os largas da mão.

Eu pergunto-te porquê!

O porquê de sermos escravos,
De um deserto de dinheiro;
Onde as flores são segredo,
Onde não há um sonho que seja alheio!

Responde-me ao porquê!

Do tirano de matar para comer,
Quando já nem pode engordar!
Da ira de morrer,
Antes sequer de nascer!
Diz-me que absurdo és tu,
Que deixas a minha Terra apodrecer!

Tenho a alma assanhada,
E o coração em carne viva,
Que para mim uma vida,
É o milagre mais sagrado.

Faço desta folha tua pele,
E desta caneta um punhal.
Se pudesse, eu matava-te,
Que para mim só és o mal!

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