Quando era criança,
Qualquer era garrido.
Por tão cimbres
Ou breve que fosse,
Partia em túmido sorriso,
Riso que era mais liso.
Mas desconhecia,
E era mais tímido.
Talvez esses entes;
Doce lembrança,
Que cravo de unhas e dentes;
Não eram tão simples assim.
Agora sim,
Que anos passaram por mim,
Sorrir é mais prudente:

Nesta terra já não chove,
E de água só as lágrimas.
Sopradas pelo insípido,
Árido vento que voa,
Que assim corre,
E não me vira mais páginas. 

Este humilhante desértico,
É tão quieto que poético.
Quiçá seja o tempo,
Quem sopra esse vento,
Que seca o que está húmido,
E leva o sentimento.

A flor da euforia,
É a mais rara destas dunas;
Cheias em dourado,
Mas fracas em fortunas;
E as criaturas superiores,
Dizem-se mais importantes.
Mas a que esforço
Corre esse ensinamento?
Perceber o código da vida,
Só traz desespero,
E enfim arrependimento.

Será que quero saber?
Não, não quero crescer,
Se me custa o sorriso,
se me tira o prazer.

2 comentários:

  1. ''Agora sim,
    Que anos passaram por mim,
    Sorrir é mais prudente''

    Sabes o que dizes =) F.

    ResponderEliminar
  2. Infelizmente por estar nesta situação, mas felizmente por percebê-lo.

    ResponderEliminar