Vestimos hábitos de vaidade,
De sermos mais
Que meros animais.
Mal sabemos que são nossos pais,
E nos ganham na idade.

É do mesmo na verdade,
Mas vive no capricho
De quatro muros mais um teto.
Onde esconde;
Frio e espartano nicho;
Até o chão,
Logo desde ao feto,
Que este é um bicho,
E que tem mais um irmão.

Pudera esta casa
Aos menos ter uns furos,
Para espreitarmos como estão
Os irmãos de outra raça.
Mas há sempre uma mão
Que nos fecha os olhos,
Dos buracos aos molhos,
Que estes vão tapando,
Com cimentos mais duros.
E é nesta arrogância,
Que urge em dureza,
Que nos esquece, a ignorância,
Que o homem é Natureza.

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